sábado, 31 de março de 2018

"Virgindade do glorioso Patriarca."


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Santo Tomás de Aquino diz que é teologicamente certo que o matrimônio entre São José e a Virgem Maria foi verdadeiro e perfeito quanto à essência ou primeira perfeição, mas não quanto ao uso do mesmo, pois não coabitaram. E que São José guardou perfeita virgindade durante toda sua vida, pois tanto ele quanto a Virgem Imaculada mantiveram o voto de virgindade, condicionado antes do matrimônio, e absoluto depois.

O Doutor Angélico afirma assim que São José fez voto de virgindade. Acrescenta ele que a Bem-aventurada Virgem, antes de unir-se a José, deveria ter sido notificada por divina revelação de que José tinha o mesmo propósito. E que, portanto, não se expunha a perigos, casando-se. Pelo que não só Maria, mas também José, estavam dispostos, em seu interior, a guardar virgindade. E deveriam ter feito mesmo um voto. Isso porque as obras de perfeição são mais louváveis se se cumprem sob voto.

Glorioso São José, valei-nos!

Conduzir todas a Deus


"Fazer-se guia de muitas, muitas almas, conduzir todas a Deus pela Imaculada nossa Rainha. Bela missão pela qual vale a pena viver, sofrer, trabalhar e também morrer." 

A ação divina

A ação divina inunda o universo, penetra todas as criaturas, está em toda a parte onde elas estão; adianta-se a elas, acom­panha-as, segue-as; não temos senão que deixar-nos levar pelas suas ondas.

O único coração que acreditou

Com a morte do Senhor na cruz, desfalece também a fé de seus discípulos. A Igreja então nascente vê-se como “morta” e “vazia”.
Mas, no meio da amarga desesperança que toma conta do mundo, um Coração permanece VIVO E ACESO, iluminado por uma fé imperecível: o Coração da Virgem Maria.
Neste Sábado Santo, a saudade que se apodera dos fiéis é consolada pela esperança que MARIA JAMAIS PERDEU; o desânimo que tenta os seguidores de Cristo encontra na alma da Virgem um ânimo sempre disposto a amar.


domingo, 25 de março de 2018

O milagre de São José


Esta é uma daquelas histórias que você lê várias vezes e não se cansa

Tem histórias que a gente gosta de contar várias vezes – e nem se cansa. Elas passam de geração para geração e sempre ganham novos toques, que as tornam ainda mais interessantes.
Este é um destes casos. Você vai lê-lo em primeira mão. Foi um acontecimento que marcou a minha vida. Nem imaginava que eu poderia receber tanta ajuda do céu assim. E isso me faz caminhar com menos medo, cansaço e incerteza. Quando a minha fé fraqueja, eu lembro desta história e, imediatamente, entendo que não há motivos para duvidar.
Deus é um bom pai e nos envia ajuda de mil maneiras. Ele vive próximo a você, que é o filho ou filha em quem Ele mais pensa.
Pois bem: naquela manhã, eu estava muito aflito. Tinha investido todas as minhas economias nos livros que eu publiquei, na tentativa de ajudar os outros, de tocar os corações e de levar esperança. Mas nenhum deles vendia. Não chegava a ninguém.
Fui até o Santíssimo e falei com Jesus: “Como o senhor quer eu o ajude com esses livros, se eles não chegam a ninguém?”.
Quando eu saí do oratório, vi um padre. Conversei com ele durante alguns minutos. Era o padre José. Perguntei se ele poderia me confessar. Aprendi que, se eu perco a graça, perco tudo – e as coisas começam a dar errado. Com a graça, tudo é possível. Depois da Confissão, ele me deu um sorriso amável e perguntou sobre a minha vida e como iam as coisas. Eu comentei com ele sobre as minhas preocupações e ele me entregou um folhetinho de São José.
– Você é devoto de São José?, perguntou o padre.
– Eu o vejo nos nascimentos todos os meses de dezembro, respondi.
– Tudo bem. Peça a São José que interceda junto ao seu Filho. Dou este conselho a centenas de pessoas e nenhuma ficou sem ser ouvida por nosso Pai São José, concluiu o sacerdote.
Fiz tudo como o padre me aconselhou. Na semana seguinte, chegou um pedido enorme, imenso, para exportar os livros. Dias depois, uma livraria fez uma encomenda, depois outra em Salvador, Costa Rica…
Então, eu fui o mais rápido que pude àquela Igreja e procurei o padre José.
 – O senhor não vai acreditar, disse a ele.
– Eu já sei o que você tem pra me dizer. São José te ajudou, né?
Eu consenti com a cabeça, no que o sacerdote me disse:
– Veja, temos um grande intercessor no céu, o pai adotivo de Jesus, a quem Ele nunca negará nada.
Depois disso, passei a promover a sua devoção.
Você, que lê estas palavras, não tenha medo de recorrer a São José. Peça que ele fale com, Jesus, para que ele interceda por suas necessidades. São José vai te ouvir. Tenha fé!  

https://pt.aleteia.org/2018/03/21/o-milagre-de-sao-jose/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=weekly_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt

sábado, 24 de março de 2018

ESTILO DE VIDA Quantas pessoas incríveis já cruzaram o seu caminho despercebidas?

WOMAN,BLUE,HAIR

Isso acontece mais do que imaginamos

Você já parou para pensar em quantas pessoas incríveis cruzam o seu caminho despercebidas? Quantas pessoas não recebem a atenção devida por estarmos com o nosso olhar desviado e o foco voltado pra outros indivíduos ou interesses?
Isso acontece mais do que imaginamos. Muitas vezes, as pessoas certas aparecem no momento errado e não conseguimos cuidar delas da maneira que merecem.
O problema é que na hora nem nos damos conta, mas a verdade é que elas não ficam para sempre nos esperando, pois a vida precisa continuar. Elas saem em busca de serem valorizadas e, às vezes, quando paramos para olhar para o lado e procurá-las, já é tarde demais.
Sabe, não é por mal que fazemos isso… É mais uma das armadilhas da vida, em que muitas vezes fixamos o nosso coração e olhar em quem não necessariamente tem a intenção de ficar e, enquanto isso, do outro lado da rua, há alguém que poderia ser tudo o que procuramos, mas que não encontrou espaço o suficiente em nossas vidas.
Esse alguém poderia ser um amigo, um conselheiro, um amor… Poderia ser alguém com uma participação muito mais relevante na nossa história, mas que passou despercebido.
Alguém que deixamos escapar não de propósito, mas porque não estávamos prestando atenção o suficiente. E a verdade é que talvez nunca mais tenhamos a oportunidade de recuperá-lo, pois a vida passa, as pessoas mudam e as prioridades se reorganizam.
Amanhã pode ser tarde demais, preste atenção hoje em quem está passando despercebido. Esse alguém pode mudar a sua vida.

Ladainha Lauretana

Devoção à Virgem Maria


Na aridez de certos dias, a Virgem Maria nos fará encontrar flores repletas de um bom aroma, do bonus odor Christi [8], como narram as aparições da Virgem de Guadalupe a S. Juan Diego, que celebramos no dia 12.

[8]. 2 Cor 2, 15.

(D. Javier Echevarría excerto da carta do mês de dezembro de 2016)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Maria, a Tenda da primeira Igreja

«Deus não está ligado a pedras, mas liga-se a pessoas vivas. O “sim” Maria abre-lhe espaço em que pode erguer a sua tenda. Ela torna-se para Deus a tenda, e assim é o início da Santa Igreja que, por seu lado, é antecipação da nova Jerusalém, em que já não há Templo porque o próprio Deus nela habita»

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

segunda-feira, 19 de março de 2018

Os devotos da Virgem Maria sempre são muito abençoados por ela


Como não acreditar?

Cada dia eu me convenço mais de que existem santos anônimos entre nós. São aqueles que passam despercebidos. Nós os reconhecemos por sua humildade, seu amor a Jesus Sacramentado e sua profunda devoção mariana.
Quase todos são grandes devotos da Virgem e entregam a Ela as suas vidas e a pureza de suas almas. Nossa Senhora é uma grande guardiã de almas. Ela nos protege, confiando-nos a seu Filho, Jesus.
Observe esta “conversa”:
 – “Olha, Filho, este rapaz! E se você lhe desse as graças que ele pede, para consertar sua vida?”
– “Mãe, já lhe demos graças suficientes ao longo do tempo.”
Ela sorri e lança aquele olhar maternal, a que Ele não consegue resistir.
– “Está bem, Mãe, farei isso por você.”
Que filho não move céu e terra por sua mãe?
Certa vez, fui a uma loja em busca de alguns materiais. Um dos vendedores se aproximou e eu notei que ele estava sussurrando uma oração. Era um senhor mais velho, muito humilde e alegre. Ele me atendeu da forma mais cortês que você pode imaginar.
– “Permite-me saber o que você fazia?”, perguntei-lhe.
– “Com muito gosto”, respondeu. E acrescentou: “estava rezando uma Ave-Maria. Rezo várias vezes ao longo do dia para honrar nossa mãe do céu.”
Hoje, estou na casa de minha mãe. Decidi passar um tempo com ela e escrever alguns artigos aqui mesmo. Ela me serviu pão quentinho e um café para animar.
Minha mãe me conta sobre uma senhora da Costa Rica muito devota de Nossa Senhora. Ela rezava o terço todos os dias. No dia em que ela morreu, algo extraordinário aconteceu: quando o carro fúnebre saiu da casa dela, um bando de pombas acompanhou o veículo, sobrevoando todo o féretro, até o cemitério.
Os devotos da Virgem sempre são muito abençoados por ela. Certa vez, li que “sinal seguro de santidade é a devoção à Santíssima Virgem Maria”. E não é? 
Sim, eu conheci alguns santos anônimos. O curioso é que eles não sabem que são santos e se sentem indignos da proximidade de Jesus. São pessoas especiais, que guardam com fervor seu estado de graça. São humildes, alegres, simples, bondosas, misericordiosas, que gostam da presença de Deus e de honrar a Virgem Santíssima. Essas pessoas perdoam com facilidade e amam a todos.
O mundo ainda tem esperança, já que milhões de santos anônimos, com suas orações, ajudam-nos a sermos melhores e a perseverarmos na vida.
O chamado à santidade não é algo novo. A Bíblia está cheia de referências, principalmente ao chamado de Deus para que sejamos santos e puros de coração.
Ao longo dos anos, percebi que, sem a graça de Deus, nada podemos. “Se perco a graça, perco tudo”.
Preserve seu estado de graça como um tesouro. Se você o perder, levante-se. Vá a uma igreja, procure um padre, confesse-se e, depois, comece novamente. Encomende-se à Virgem Maria. Ela, como nossa Mãe espiritual, vai nos ajudar. E não se preocupe, pois nosso Deus é o Deus das oportunidades.
Deus te abençoe e a Virgem Santíssima te acompanhe sempre!

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Bem-aventurados os que são perseguidos

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!” (Mt 5, 10).
Em tempos, nos quais nós cristãos continuamos a ser perseguidos, ameaçados; em muitos países sofremos violências, torturas, somos escravizados e mortos, meditemos sobre esta promessa de nosso Senhor Jesus Cristo: “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!” (Mt 5, 10). Este é o tema do oitavo e último artigo da série “As Bem-aventuranças”, que a Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus produziu, e que apresentamos exclusividade:
“Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!” (Mt 5, 10).
A fuga de São José e a Virgem Maria com o Menino Jesus para o Egito.
A perseguição por causa da justiça
Logo no início da História Sagrada, vemos a presença da perseguição. Abel reconhecia Deus como seu Senhor e dava a Ele, em gratidão, o que era de melhor. Isto incomodava Caim, pois as suas ofertas não eram por amor, por reconhecimento. Caim não conseguia ter o mesmo desapego de seu irmão e para não mais se sentir importunado, resolveu o perseguir, e a melhor forma que encontrou de vingar-se foi assassinar Abel (cf. Gn 4, 1-8). Sabe o real motivo? Porque as suas obras eram más, e as do seu irmão, justas (1 Jo 3, 12). Esta perseguição perdurou em toda a história da humanidade, se faz presente até nossos dias e faz parte das nossas vidas muito mais do que imaginamos.
Normalmente, a perseguição existe quando alguém quer proibir o posicionamento, as crenças de outra pessoa, ou de um grupo. Para impedir que seja desenvolvido uma opinião que venha a ser contraria a um poder, a um status adquirido. A perseguição pode ser expressa por represálias, pelas mais variadas violências, bem como em forma de vingança. Com estes escândalos em nossa economia, os que receberam as “propinas”, será que não perseguem aquelas pessoas que possam denunciá-las? Com o crescimento na economia, decorrente do consumismo, será que os empresários não querem perseguir aquelas pessoas que propagam o desapego e a modéstia e o “não” ao consumismo desenfreado?
A justiça dos homens e a justiça de Deus
Jesus Cristo é da descendência do rei Davi. Ele foi escolhido pelo Altíssimo, pois era bem firmado nos princípios e tinha um profundo amor por Deus. Entretanto, em suas tentações carnais, desejou a mulher de um de seus valentes soldados, o hitita Urias. Davi, como “rei” podia ter tudo e todos. Afinal seu poder era “absoluto” em seu reino. Este “poder” o levou a cobiça e consequentemente ao adultério com Betsabé. A grande questão: Ele usou de justiça quando escreveu a Joab: “Ponha Urias na linha de frente e deixe-o onde o combate estiver mais violento, para que seja ferido e morra”? (2 Sm 11, 15).
Provavelmente, Davi estava “cego” e não tinha entendimento pleno de sua infração. Diz a palavra que, com a morte de Urias, e alguns dias do luto: “Davi mandou que a trouxessem para o palácio; ela se tornou sua mulher e teve um filho dele” (2 Sm 11, 27). Será que a forma de proceder de Davi foi justa? Existe justiça quando se desagrada Deus?
A justiça que vamos estabelecer neste artigo, não é referente à civil, a dos homens, a da carne. Pois, segundo a justiça civil, em algumas realidades é justificável, por exemplo, abortar, quando a gravidez é proveniente de um estupro, por isso, apesar do aborto ser um crime, não se aplica a pena.
Na Lei de Deus, perguntamos: existe justiça, quando não se respeita o próximo? Existe justiça, quando não se está em conformidade com os preceitos de nossa Igreja? Para ser considerado justo diante do Altíssimo, a pessoa deve se encontrar em “estado de graça” perante este mesmo Deus. E se perder este “estado”? Devemos fazer de tudo para o readquirir.
Imagine: sua casa está sempre limpa? Não, claro que não! Mesmo que você faça uma boa higienização, em pouco tempo, percebe-se novas sujeiras. E aí? Será preciso uma nova faxina, para a casa readquirir o estado de limpeza novamente. Pois, se sabe a “graça” de conservá-la limpa. Nossa vida interior também se “suja”, com os nossos pecados e ingratidões a Deus. Reconhecemos Deus como único Senhor e Salvador, mas, mesmo assim, o traímos, pois pecamos. Daí, por misericórdia, invade-nos o arrependimento, o remorso e o entendimento das ofensas que causamos ao Senhor e aos nossos irmãos, e nos vêm também o desejo de saneamento de alma. Recorremos ao confessionário, pelo anseio do reencontro e da reconciliação com Deus, de restabelecer a amizade e o amor para com Ele. Com a absolvição, as impurezas das culpas são apagadas, ou seja, perdoadas.
Uma pessoa é considerada justa quando deseja cumprir os mandamentos de Deus e reconhece que a adesão a Cristo Jesus é o único caminho que leva à vida verdadeira, à felicidade eterna. Aí sim, quando a sua fé está em Deus e está em estado de graça, a pessoa está “justificada”, pelos méritos da paixão, morte e ressurreição de nosso Senhor.
Você é perseguido por causa da justiça?
Desde o princípio, os seguidores de Jesus cristo sofreram perseguições dos poderes civis e religiosos, como aconteceu com os apóstolos:
Chamaram os apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes então que não pregassem mais em nome de Jesus, e os soltaram. Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus. E todos os dias não cessavam de ensinar e de pregar o Evangelho de Jesus Cristo no templo e pelas casas. (At 5, 40-42).
Você já viveu a experiência de ser perseguido, “chingado, e/ou açoitado”, por propagar os ensinamentos de Jesus? Diz-se que todo perseguido por causa do Reino, padece humilhação, sofre perseguição e experimenta a injustiça. Reflita. Será que você conhece alguém que já sofreu abuso por causa dos preceitos de Deus? Veja algumas situações de perseguição que fazem parte do dia a dia de muitas pessoas:
Uma criança, que já foi caçoada por ser temente a Deus, não querer se envolver com os coleguinhas da escola na leitura de horóscopo e/ou brincadeiras evocando os espíritos. Será que já foi “empurrada” para longe do grupo?
Um jovem, que não queria estar sintonizado com o mundo, que não estava interessado nas noitadas, farras, bebedeiras e orgias, e foi considerado retrógrado e perturbador quando demonstrava e exortava a prática da reparação aos Sagrados Corações.
Um homem, que já foi ridicularizado por ter rezado e divulgado a oração do Santo Terço? Será que já foi chamado de “mulherzinha”?
Uma mulher, que já foi chacoteada por cuidar bem dos homens, por ter sido sensível e feminina e querendo cuidar do lar, buscou ser virtuosa? Será que já foi nomeada de “traidora” pelas feministas?
Um celibatário, que em suas férias, fora de sua comunidade, foi passar uns dias em casa e seus antigos amigos criaram as mais variadas astúcias e vexames, para ver se o mesmo deixaria seus compromissos espirituais.
Um universitário, que já foi hostilizado no seu grupo por defender a castidade? Será que já recebeu o nome de “otário” e que estava perdendo a vida?
Um médico, que já foi intimado pelo Conselho de Medicina, por defender a dignidade da vida, se pronunciando contrário aos métodos anticoncepcionais e ao aborto?
Um padre, que queira honrar os votos assumidos e a imitação dos ensinamentos de nosso Senhor e que é alvo de crítica do próprio clero?
Uma professora, que não aderiu a sujeição imposta de greve, por compaixão de seus alunos e foi jogada para “escanteio” nas reuniões dos demais membros de sua classe?
Um político, que por princípio quis defender as minorias: os pobres, as crianças, as viúvas e em seus projetos apelou em favor destes. Será que não recebe zombaria de sua própria família, que o exorta a ser esperto?
Um devoto exterior, que por portar uma camisa de Nossa Senhora foi provocado e constrangido publicamente por um “protestante” sem fundamento, dizendo a heresia que Deus não tem mãe.
Um funcionário, que foi coagido a trabalhar em dias santificados, como na semana Santa, contrariando a sua fé, com a ameaça de perder seu emprego, caso se negasse.
Você mesmo já sofreu por ser católico? Já “mangaram” de você, por ser mariano? Todo este escárnio, é consequência da firme decisão de viver a serviço do bem e contra o mal, de lutar pela justiça e contra toda a injustiça.
Quem é Deus para você?
Você tem certeza que Deus é o seu Criador, Consolador e Salvador? Se tem esta convicção, receberás o mesmo que Ele recebeu. Mas, diante de toda a perseguição, não desista de proclamar as verdades e as Leis de Deus.
Muitas pessoas, nas Sagradas Escrituras, já sofreram com a maldade daqueles que os perseguiam. Você já ouviu falar de Herodíades? Cuidado, se você encontrar com uma mulher do “tipo” dela, a sua cabeça também poderá “rolar”. Contudo, serás proclamado mártir, se isto acontecer por causa da fé. Sabe o que significa ser mártir? É uma pessoa submetida a suplícios e à morte, pela recusa de renunciar à fé cristã ou a qualquer um de seus princípios fundamentais.
Para não perder o prestígio diante de seus convidados, o rei Herodes cometeu uma das maiores injustiças da história bíblica, que foi precisamente a decapitação de João Batista (cf. Mc 6, 27). E o porquê disto? “João tinha dito a Herodes: Não te é permitido ter a mulher de teu irmão. Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo” (Mc 6, 18-19). Desse modo, São João Batista tornou-se um mártir.
João Batista era considerado um grande profeta. Os profetas não foram perseguidos de graça. Eles possuíam valores, mensagens e um estilo de vida que denunciava. Por isso, aqueles que estavam em pecado e desejavam permanecer no engano e na farsa, que não queriam ser descobertos, perseguiam os profetas, eram seus acusadores com toda a diversidade de maldades, quando não os matavam. Mas, em meio à perseguições, o apóstolo São Paulo nos dá uma certeza:
Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: “Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro” (Sl 43, 23). Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 8, 35-39).
O que é ser perseguido por causa da justiça?
Independente da família, da profissão, do grupo social e econômico que pertença, quando uma pessoa segue Jesus Cristo e tem comportamentos e atitudes condizentes com o Reino, provoca reflexão. Se vai de encontro, ou seja, se contraria e entra em conflito com pensamentos e interesses dos outros, certamente vai receber agressões.
Todos que não compreendem o amor e o perdão, acharão o cristianismo um elemento perturbador e perseguirão os cristãos, como perseguiram Jesus. No entanto, um cristão está muito mais envolvido em permanecer fiel a Deus e ser salvo por Ele do que interessado em buscar a segurança de guardar a própria vida, como bem expressa São Paulo:
Cumpre, somente, que vos mostreis em vosso proceder dignos do Evangelho de Cristo. Quer eu vá ter convosco quer permaneça ausente, desejo ouvir que estais firmes em um só espírito, lutando unanimemente pela fé do Evangelho, sem vos deixardes intimidar em nada pelos vossos adversários. Isto para eles é motivo de perdição; para vós outros, de salvação. E é a vontade de Deus (Fl 1, 27-28).
A Virgem Maria e a confiança na justiça de Deus
A Virgem Maria, por ser portadora do Príncipe da Paz, também foi perseguida (cf. Mt 2, 13-15). Lembre-se, com quem estava a Criança que o rei Herodes queria matar? Na condenação de seu Filho, a atitude dela, nunca foi de vingança, ou de ódio, para com aqueles que preferiram Barrabás e gritaram em relação a seu Filho: “Crucifica-o!” (Mc 15, 13).
Nossa Senhora pauta seus atos na justiça de Deus, que inclui liberdade e amor. Não encontramos na Tradição da Igreja, nem nos Evangelhos, cenas nas quais a Mãe de Deus fica com autopiedade, murmurando seus desgostos pelas ingratidões dos homens.
A Mãe de Deus é a Mulher da exortação, da ordem e da obediência. Santo Irineu dizia que a Virgem Maria tornou-se, através de sua obediência, causa de salvação tanto para si mesma, quanto para toda a raça humana1.
Nossa Rainha é modelo de estar de pé (cf. Jo 19, 25), mediante a qualquer perseguição. Suas atitudes nos lembram, sempre resignação, paciência, doçura e sabedoria. Se agirmos desta forma, independente das persignações, o Senhor sempre livrará seus filhos.
A inimizade entre a Virgem Maria e a serpente permanecerá até o fim dos tempos, bem como a batalha entre o Reino dos Céus e o reino deste mundo. Este conflito, tribulação e perseguição de Satanás contra os filhos da Luz continuará até a vinda definitiva do Reino de Deus, especialmente contra os escravos da Santíssima Virgem, como nos ensinou São Luís Maria Grignion de Montfort:
Deus não pôs somente inimizade, mas inimizades, e não somente entre Maria e o demônio, mas também entre a posteridade da Santíssima Virgem e a posteridade do demônio. Quer dizer, Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre os verdadeiros filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e escravos do demônio. Não há entre eles a menor sombra de amor, nem correspondência íntima existe entre uns e outros. Os filhos de Belial, os escravos de Satã, os amigos do mundo (pois é a mesma coisa) sempre perseguiram até hoje e perseguirão no futuro aqueles que pertencem à Santíssima Virgem, como outrora Caim perseguiu seu irmão Abel, e Esaú, seu irmão Jacob, figurando os réprobos e os predestinados. Mas a humilde Maria será sempre vitoriosa na luta contra esse orgulhoso, e tão grande será a vitória final que ela chegará ao ponto de esmagar-lhe a cabeça, sede de todo o orgulho. Ela descobrirá sempre sua malícia de serpente, desvendará suas tramas infernais, desfará seus conselhos diabólicos, e até ao fim dos tempos garantirá seus fiéis servidores contra as garras de tão cruel inimigo2.
São Luís Maria também profetizou sobre as perseguições e a fúria de Satanás contra o seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem” e também contra aquelas pessoas que o lerem e puserem em prática seus ensinamentos:
Vejo, no futuro, animais frementes, que se precipitam furiosos para dilacerar com seus dentes diabólicos este pequeno manuscrito e aquele de quem o Espírito Santo se serviu para escrevê-lo, ou ao menos para fazê-lo ficar envolto nas trevas e no silêncio de uma arca, a fim de que ele não apareça. Atacarão até, e perseguirão aqueles e aquelas que o lerem e o puserem em prática. Mas não importa! tanto melhor! Esta visão me encoraja e me dá a esperança de um grande sucesso, isto é, um esquadrão de bravos e destemidos soldados de Jesus e de Maria, de ambos os sexos, para combater o mundo, o demônio e a natureza corrompida, nos tempos perigosos que virão, e como ainda não houve3.
A grande promessa da Bem-aventurança: o Reino dos céus!
A cultura do mundo está em total contradição com a cultura de nosso Senhor. O mundo parabeniza os “espertos, os corruptos, os enganadores” e despreza, rejeita, e pior, persegue aqueles que chamamos de “bem-aventurados”. Mas, não nos esqueçamos: “uns irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna” (Mt 25, 46). Os anjos virão, separarão os perversos dos justos e lançarão aqueles na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes (cf. Mt 13, 41-42).
Precisamos ser “justificados” por Jesus perante Deus. Sabemos do fim, do juízo e da vinda do Reino dos Céus, para o qual o mundo não está se preparando e se purificando.
Sejamos justos com o presente que nosso Senhor nos deu do Alto da Cruz (cf. Jo 19, 26-27). Que possamos fazer como o Discípulo amado fez. É preciso nos entregar, consagrar-nos a Virgem Maria e definitivamente a levar para a nossa casa (cf. Jo 19, 27) e, estando na intimidade desta Advogada, rogar por esta bem-aventurança, de alcançar o Reino dos Céus.


Mara Maria, fundadora da Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus.
Acesse todos os artigos da série “As Bem-aventuranças”:
Links relacionados:
DISCÍPULOS DA MÃE DE DEUS. História da Fundação.
Referências:
1 SANTO IRENEU. Contra as heresias, III, 22.
2 SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, 54.
3 Idem, 114.

Natalino Ueda é brasileiro, católico, formado em Filosofia e Teologia. Na consagração a Virgem Maria, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, explicado no seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, descobriu o caminho fácil, rápido, perfeito e seguro para chegar a Jesus Cristo. Desde então, ensina e escreve sobre esta devoção, o caminho “a Jesus por Maria”, que é hoje o seu maior apostolado.

Conduzida por Maria ao altar

Conheça o testemunho de uma mulher que insistentemente pediu e foi conduzida ao altar pela Virgem Maria.
A presença discreta da Santíssima Virgem Maria na vida de Priscila Dalcin a foi conduzindo ao altar. Sua história com a Mãe de Deus começou a adolescência e permanece até hoje, marcando profundamente a sua vida. Principalmente nas horas mais difíceis, Nossa Senhora esteve sempre presente, socorrendo-a em todas as suas necessidades. Conheça este testemunho da presença amorosa da Virgem Maria na vida desta sua filha:
Conheça o testemunho de uma mulher que insistentemente pediu e foi conduzida ao altar pela Virgem Maria.
Priscila Dalcin no Acampamento de Ano Novo 2014 na Canção Nova
Singela e discreta, Nossa Senhora sempre esteve ao meu lado. Porém, mesmo com diversos sinais, eu não compreendia a Sua presença em minha vida e só a conheci após uma longa caminhada. Protegida por seu manto, fui acolhida como filha, chamada a imitar Suas virtudes e a abandonar-me em Seus braços maternais. Quão doce e reconfortante é poder estar com nossa Mãe Santíssima!
A consagração a Virgem Maria
A primeira vez que senti Sua presença foi aos 16 anos. O divórcio dos meus pais gerou uma dor lancinante em todos nós e, ao invés de nos unirmos, nossa família desmembrou-se ainda mais. Era Natal e meus parentes tomaram seus rumos, deixando-me sozinha. Levada à casa de uma amiga, o silêncio dilacerante da minha alma foi ocupado com a música que pairava no ambiente: “Nossa Senhora”. Fiquei imóvel por alguns segundos. Aos pulos, meu coração teve a certeza de que Ela me amparava naquele momento.
Quatorze anos depois, veio a conversão. Buscando conhecer melhor Nossa Senhora, pesquisei sobre o Seu poder contra as forças infernais com o livro “Guerra espiritual – ataque contra a mulher”, da Comunidade Emanuel (RJ). Finalizei a leitura consagrando-me a ela, justamente em seu dia, 12 de outubro. Mais à noite, em reunião na paróquia, alguém me disse: “enquanto você subia a rua, eu vi Nossa Senhora em seu rosto”. Fiquei estupefata! O que será que aquilo poderia significar?!
Na Canção Nova em busca do amor de sua vida
Naquela época, já fazia um ano e meio que eu estava na Igreja e fiquei indignada como Deus ainda não tinha cumprido a Sua promessa em me dar uma família. E não parava de reclamar, uma ladainha só. Três pessoas ouviram meu chororô e disseram-me: “vá para a Canção Nova”. O que concluí? “Vou encontrar meu marido na Canção Nova!”. Eu nem fazia ideia do que era a Comunidade. Dei meu jeito e fui passar o Ano Novo no local. Convicta de que encontraria “o meu marido prometido”, caçava com olhares a vítima do meu desespero. Mas dei-me conta do ridículo, renunciei e prostrei-me em oração.
Em dado momento, pensei em Nossa Senhora. Em dúvida, perguntei a Deus se Ela seria real ou se era apenas mais uma enganação de Satanás. E se eu ficasse orando a vida toda para ela, chegasse no juízo final e visse que não valeu de nada? Pois bem, na programação do acampamento constava um luau, no qual participaria, mas, bastante cansada, desisti e me dirigi à pousada. Mas Deus ordenou que eu fosse ao Santíssimo e ficasse por lá. Passado algum tempo, levantei-me ansiosa, mas, em tom de bronca, ouvi o Senhor: “Não ouse levantar daí! Fique até meia-noite”. “Ah, fala sério Senhor!”, sentei-me reclamando. No horário estabelecido, saí da capela e deparei-me com o luau. Pensei: “já que estou aqui, vou ficar”. Em meio às orações de cura e libertação, um jovem manifestou a presença do inimigo. Ele pulava como um sapo, contorcia-se todo e gritava: “ele é meu, ele é meu”. Continuamos em oração e todas as vezes que o missionário citava o nome de Maria Santíssima, o rapaz manifestado gritava enfurecido: “eu odeio ela, eu odeio ela” (sic).
O matrimônio com a Igreja Católica
Lembrei-me então do livro que li sobre o poder da Virgem Maria contra o inimigo de Deus, da sincera dúvida que elevei aos céus e a resposta que o Senhor estava me dando. Entendi perfeitamente que tinha permanecido por três horas no Santíssimo, em uma espera incompreensível, para que Deus fizesse a Sua obra na minha vida. Grande é o valor da obediência!
Não encontrei o meu tão prometido José na Canção Nova, mas subi ao altar, conduzida por Maria Santíssima, e selei o meu matrimônio com a Igreja Católica. Dei o meu “sim”, em todas as circunstâncias. Não se desiste de um casamento, não é verdade?! Assumida filha de Maria, pela Igreja de Cristo, Nela e por Ela, é amor, é decisão, é para sempre. Tem como não amar essa Igreja?! Impossível!
Salve Maria Imaculada!
Priscila Dalcin.
Paróquia Santo Agostinho, RJ.

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O Credo Mariano

CYTATY O MARYI

Conheça o “Credo di Maria” ou “Credo Mariano”, uma belíssima oração composta por um coração apaixonado por Nossa Senhora

Rezemos com amor e confiança a belíssima oração chamada “Credo di Maria” ou “Credo Mariano”. Esta oração foi composta por São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, também conhecido como São Gabriel da Virgem Dolorosa ou simplesmente São Gabriel das Dores, um jovem que tinha um coração profundamente apaixonado por Nossa Senhora.
Em seu “Credo di Maria”, São Gabriel recorda-nos a fé profundamente mariana e, ao mesmo tempo, cristocêntrica dos santos de todos os tempos da Igreja Católica.
Como todo bom membro da “Congregação da Paixão de Jesus Cristo” ou simplesmente “Congregação Passionista”, São Gabriel nutriu um profundo amor à Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo e às dores de sua Mãe, Maria Santíssima, tanto que assumiu o título de Nossa Senhora das Dores em seu nome religioso.
Unido intimamente a Jesus Cristo crucificado e a Virgem das Dores, São Gabriel santificou-se rapidamente e alcançou os cumes da perfeição cristã. Nas palavras de seu “Credo di Maria”, São Gabriel nos revela traços marcantes de sua espiritualidade, o amor e a confiança que nutria para com a Santíssima Virgem.
O “Credo di Maria” ou “Credo Mariano”, de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores:
Creio, ó Maria, que, como Vós mesma revelastes a Santa Brígida, sois Rainha do céu, Mãe de misericórdia, alegria dos justos e guia dos pecadores arrependidos; e que não há homem tão perverso que, enquanto viva, não tenhais misericórdia dele; e que ninguém abandonou tanto a Deus, que, se vos invoca, não possa voltar a Deus e encontrar perdão, enquanto que sempre será um desgraçado aquele que, podendo, não recorra a Vós.
Creio que sois a Mãe de todos os homens, aos que recebestes como filhos, na pessoa de João, conforme o desejo de Jesus.
Creio que sois, como declarastes a Santa Brígida, a Mãe dos pecadores que querem corrigir-se, e que intercedeis por toda alma pecadora ante o trono de Deus, dizendo: Tende compaixão de mim.
Creio que sois nossa vida, e unindo-me a Santo Agostinho, vos aclamarei como única esperança dos pecadores depois de Deus.
Creio que estais, como vos via Santa Gertrudes, com o manto aberto, e que sob ele se refugiam muitas feras: leões, ursos, tigres, etc., e que Vós, em lugar de espantá-las, as acolheis com piedade e ternura.
Creio que através de Vós nós recebemos o dom da perseverança: se vos sigo, não me desencaminharei; se acudo a Vós, não me desesperarei; se Vós me sustentais, não cairei; se Vós me protegeis, não temerei; se vos sigo a Vós, não me cansarei; se vos alcanço, me recebereis com amor.
Creio que Vós sois o sopro vivificante dos cristãos, seu auxílio e seu refúgio, especialmente na hora da morte, como dissestes a Santa Brígida, pois não é costume vosso abandonar a vossos devotos na hora da morte, como assegurastes a São João de Deus.
Creio que Vós sois a esperança de todos, sobretudo dos pecadores; Vós sois a cidade de refúgio, em particular dos que carecem de ajuda e socorro.
Creio que sois a protetora dos condenados, a esperança dos desesperados, e como ouviu Santa Brígida que Jesus vos dizia, até para o próprio demônio obterias misericórdia se humildemente vo-la pedisse. Vós não rejeitais a nenhum pecador, por carregado de desculpas que se encontre, se recorre à vossa misericórdia. Vós com vossa mão maternal o tiraríeis do abismo do desespero, como diz São Bernardo.
Creio que Vós ajudais a quantos vos invocam e que mais solícita sois para alcançar-nos graças, que nós para vos pedi-las.
Creio que, como dissestes a Santa Gertrudes, acolheis sob vosso manto a quantos acodem a Vós, e que os Anjos defendem vossos devotos contra os ataques do inferno. Vós saís ao encontro de quem vos busca e também, sem que se vos peça, dispensais muitas vezes vossa ajuda e creio que serão salvos os que Vós queirais que se salvem.
Creio que, como revelastes a Santa Brígida, os demônios fogem, ao ouvir vosso nome, deixando a alma em paz. Associo-me a São Jerônimo, Epifânio, Antonino e outros, para afirmar que vosso nome desceu do céu, e vos foi imposto por ordem de Deus.
Declaro que sinto com Santo Antônio de Pádua as mesmas doçuras ao pronunciar vosso nome que as que São Bernardo sentia ao pronunciar o de vosso Filho. Vosso nome, oh Maria, é melodia para os ouvidos, mel para o paladar, júbilo para o coração.
Creio que não há outro nome, fora do de Jesus, tão transbordante de graça, esperança e suavidade para os que invocam. Estou convencido com São Boaventura de que vosso nome não se pode pronunciar sem algum fruto espiritual. Tenho por certo que, como revelastes a Santa Brígida, não há no mundo alma tão fria em seu amor, nem tão afastada de Deus, que não se veja livre do demônio se invoca vosso santo nome.
Creio que vossa intercessão é moralmente necessária para salvar-nos, e que todas as graças que Deus dispensa aos homens passam por vossas mãos, e que todas as misericórdias divinas se dão por mediação vossa, e que ninguém pode entrar no céu sem passar por Vós, que sois a porta.
Creio que vossa intercessão é, não somente útil, mas moralmente necessária.
Creio que Vós sois a cooperadora de nossa justificação; a reparadora dos homens, corredentora de todo o mundo.
Creio que quantos não recorram a Vós, como arca de salvação, perecerão no tempestuoso mar deste mundo. Ninguém se salvará sem vossa ajuda.
Creio que Deus estabeleceu não conceder graça alguma a não ser por vosso conduto; que nossa salvação está em vossas mãos e que quem pretende obter graça de Deus sem recorrer a Vós, pretende voar sem asas.
Creio que quem não é socorrido por Vós, recorre em vão aos demais santos: o que eles podem convosco, Vós podeis sem eles; se Vós calais, nenhum santo intercederá; se Vós intercedeis, todos os santos se unirão a Vós. Proclamo-vos com São Tomás como a única esperança de minha vida, e creio com Santo Agostinho que somente Vós sois solícita por nossa eterna salvação.
Creio que sois a tesoureira de Jesus e que ninguém recebe nada de Deus, senão por vossa mediação: encontrando a Vós encontra-se todo o bem.
Creio que um de vossos suspiros vale mais que todos os rogos dos santos, e que sois capaz de salvar a todos os homens.
Creio que sois advogada tão piedosa, que não rejeitais defender aos mais infelizes. Confesso com Santo André de Creta que sois a reconciliadora celestial dos homens.
Creio que sois a pacificadora entre Deus e os homens e que sois o chamariz divino para atrair os pecadores ao arrependimento, como Deus mesmo revelou a Santa Catarina de Sena. Como o ímã atrai o ferro, assim atraís Vós aos pecadores, como assegurastes a Santa Brígida. Vós sois toda olhos, e toda coração para ver nossas misérias, compadecer de nós e socorrer-nos.
Chamar-vos-ei, pois, com Santo Epifânio: “A cheia de olhos”. E isto confirma aquela visão de Santa Brígida, na qual Jesus lhe disse: “Pedi-me, Mãe, o que quiserdes”. E Vós lhe respondestes: “Peço misericórdia para os pecadores”.
Creio que a misericórdia divina que tivestes com os homens quando vivíeis sobre a terra, inata em Vós, agora no céu se vos aumentou na mesma proporção que o sol é maior que a lua, como opina São Boaventura. E que, assim como não há no firmamento e na terra corpo que não receba alguma luz do sol, tampouco há no céu nem na terra alma que não participe de vossa misericórdia.
Creio também com São Boaventura, que não só vos ofendem os que vos injuriam, mas também os que não vos pedem graças. Quem vos obsequia não se perderá, por pecador que seja; ao contrário, como assegura São Boaventura, quem não é devoto vosso, perecerá inevitavelmente. Vossa devoção é o ingresso do céu, direi com Efrém.
Creio que, como revelastes a Santa Brígida, sois a Mãe das almas do purgatório, e que suas penas são abrandadas por vossas orações. Portanto afirmo com Santo Afonso que são muito afortunados vossos devotos e com São Bernardino que Vós livrais a vossos devotos das chamas do purgatório.
Creio que Vós, quando subíeis ao céu, pedistes, e obtivestes sem nenhuma dúvida, levar convosco ao céu todas as almas que então se achavam no purgatório.
Creio também que, como prometestes ao Papa João XXII, livrais do purgatório no sábado seguinte à sua morte aos que portarem vosso escapulário do Carmo. Mas vosso poder vai introduzindo no céu a quantos queirais. Por Vós se enche o céu e fica vazio o inferno.
Creio que os que se apoiam em Vós não cairão em pecado, que os que vos honram alcançarão a vida eterna. Vós sois o piloto celestial, que conduzis ao porto da glória a vossos devotos na nacela de vossa proteção, como dissestes a Santa Maria Madalena de Pazzi. Afirmo o que assegura São Bernardo: O professar-vos devoção é sinal certo de predestinação, e também a afirmação do abade Guerrico: Quem vos tem um amor sincero, pode estar tão certo de ir ao céu, como se já estivesse nele.
Creio com Santo Agostinho que não há santo tão compassivo como Vós: dais mais do que se vos pede; vais em busca do necessitado, buscais a quem salvar: Muitas vezes salvais aos mesmos que a justiça de vosso Filho está a ponto de condenar, como ensina o Abade de Celes. Portanto, estou convencido da verdade que se contem na visão que teve Santa Brígida: Jesus vos dizia: “Se não se interpusessem vossas orações, não haveria neste caso nem esperança nem misericórdia”. Opino também com São Fulgêncio, que se não fosse por Vós, a terra e o céu teriam sido destruídos por Deus.
Creio, como revelastes a Santa Matilde, que éreis tão humilde que, apesar de ver-vos enriquecida de dons e graças celestiais inumeráveis, não vos preferiríeis a ninguém. E que, como dissestes a Santa Isabel, Beneditina, vos julgáveis vilíssima serva de Deus e indigna de sua graça.
Creio que por vossa humildade, ocultastes de São José vossa maternidade, ainda que aparentemente parecesse necessário manifestá-la, e que servistes a Santa Isabel e que na terra buscastes sempre o último lugar.
Creio que, como revelastes a Santa Brígida, tivestes tão baixo conceito de Vós mesma porque sabíeis que tudo havíeis recebido de Deus, por isso em nada buscastes vossa glória, mas a de Deus unicamente.
Creio com São Bernardo que nenhuma criatura do mundo é comparável convosco em humildade.
Creio que o fogo do amor, que ardia em vosso coração para com Deus era de tanto calor, que num instante poderia acender em fogo e consumir o céu e a terra, e que em comparação com vosso amor, o dos santos era frio.
Creio que cumpristes com perfeição o preceito do Senhor “Amar a Deus”, e que desde o primeiro instante de vossa existência, vosso amor a Deus foi superior ao de todos os anjos e serafins. Creio que devido a este intenso amor vosso a Deus, jamais fostes tentada, e que nunca tivestes um pensamento que não fosse para Deus, nem dissestes palavra que não fosse dirigida a Deus.
Creio com Suárez, Ruperto, São Bernardino e Santo Ambrósio, que vosso coração amava a Deus, ainda quando vosso corpo repousava, de maneira que se vos pode aplicar o que diz a Sagrada Escritura: “eu durmo, mas meu coração vela”, e que enquanto vivíeis na terra, vosso amor a Deus nunca foi interrompido. Creio que amastes ao próximo com tal perfeição, que não haverá quem o tenha amado mais, excetuando vosso Filho. E que ainda que se reunisse o amor de todas as mães para com seus filhos, dos esposos e esposas entre si, de todos os santos e anjos do céu, seria este amor inferior ao que Vós professais a uma só alma.
Creio que tivestes, como diz Suárez, mais fé que todos os Anjos e Santos juntos: ainda quando duvidaram os Apóstolos, Vós não vacilastes. Chamar-vos-ei, pois, com São Cirilo “Centro da fé ortodoxa”.
Creio que sois a Mãe da Santa Esperança e modelo perfeito de confiança em Deus. Que fostes mortificadíssima, tanto que, como dizem Santo Epifânio e São João Damasceno, tivestes sempre o olhar abaixado, sem fixá-los jamais em pessoa alguma.
Creio no que dissestes a Santa Isabel, Beneditina: que não tivestes nenhuma virtude sem haver trabalhado para possuí-la, e com Santa Brígida creio que compartistes todas as vossas coisas entre os pobres, sem reservar-vos para Vós mais que o estritamente necessário.
Creio que desprezáveis as riquezas mundanas.
Creio que fizestes voto de pobreza.
Creio que vossa dignidade é superior a todos os anjos e santos e que é tanta vossa perfeição, que só Deus pode conhecê-la.
Creio que depois de Deus, é ser Mãe de Deus, e que, portanto, não pudestes estar mais unida a Deus sem ser o próprio Deus, como dizia Santo Alberto.
Creio que a dignidade de Mãe de Deus é infinita e única em seu gênero e que nenhuma criatura pode subir mais alto. Deus poderia haver criado um mundo maior, mas não pôde haver formado criatura mais perfeita que Vós.
Creio que Deus vos há enriquecido com todas as graças e dons gerais e particulares que conferiu a todas as demais criaturas juntas.
Creio que vossa beleza sobrepassa a de todos os homens e os Anjos, como revelou o Senhor a Santa Brígida.
Creio que vossa beleza afugentava todo movimento de impureza e inspirava pensamentos castos.
Creio que fostes menina, mas de menina só tivestes a inocência, não os defeitos da infantilidade.
Creio que fostes virgem antes de dar a luz, ao dar a luz e depois de dar a luz; fostes mãe sem a esterilidade da virgem, sem deixar por isso de ser virgem. Trabalháveis, mas sem que a ação distraísse; oráveis, mas sem descuidar de vossas ocupações. Morrestes, mas sem angústia, nem dor nem corrupção de vosso corpo. Creio que, como ensina Santo Alberto, fostes a primeira a oferecer, sem conselho de ninguém, vossa virgindade, dando exemplo a todas as virgens, que vos hão imitado, e que Vós, diante de todas, portais o estandarte desta virtude. Por Vós se manteve virgem vosso castíssimo esposo, São José.
Creio também que estáveis resolvida a renunciar à dignidade de Mãe de Deus, antes de perder vossa virgindade. Direi com o Beato Alano, que praticar a devoção de saudar-te sempre com a Ave-Maria com o Rosário é um magnífico sinal de predestinação para a Glória.

Você sabia, por exemplo, que São José tinha outra profissão, além de carpinteiro?

Você sabia, por exemplo, que São José tinha outra profissão, além de carpinteiro?

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Livra do peso dos nossos pecados.

  Afrouxa os laços de nossas impiedades e nos livra do peso dos nossos pecados. Tem piedade de mim, ó Senhora, e cura minha doença. Tira a a...