terça-feira, 29 de março de 2016

8 virtudes de Maria – e como viver cada uma delas

O caminho concreto para estar cada vez mais perto de Nossa Senhora

mary

1. Paciência: Nossa Senhora passou por muitos momentos estressantes de provação, de incômodo e de dor, durante toda sua vida, mas suportou tudo com paciência. Sua tolerância era admirável! Nunca se revoltou contra os acontecimentos, nem mesmo quando viu o próprio filho na Cruz! Sabia que tudo era vontade de Deus e meditava tudo isso em seu coração. Maria, nossa mãe, teve sempre paciência, sabendo aguardar em paz aquilo, que ainda não se tenha obtido, acreditando que iria conseguir, pela espera em Deus.
Imitando essa virtude: Ter paciência é não perder a calma, manter a serenidade e o controlo emocional. Além disso é saber suportar, como Maria, os desabores e contrariedades do dia a dia, saber suportar com paciências nossas próprias cruzes. Devemos saber ouvir as pessoas com calma e atenção, sem pressa, exercitando assim a virtude da caridade. Fazer um esforço para nos calarmos frente aquelas situações mais irritantes e estressantes. Quando houver um momento de impaciência pode-se rezar uma oração, como por exemplo, um Pai-nosso, buscando se acalmar para depois tentar resolver o conflito. Devemos nos propor, firmemente não nos queixarmos da saúde, do calor ou do frio, do abafamento no autocarro lotado, do tempo que levamos sem comer nada… Temos que renunciar, frases típicas, que são ditas pelos impacientes: “Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você…!”, “Outra vez!”, “Já estou cansado”, “Estou farto disso!”. Fugir da ira, se calando ou rezando nesses momentos. A paciência se opõe à ira! “Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança.”(Rom. 5,3-4) “Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, esta­rá sujeito ao inferno de fogo.”(Mat 5,22).
2. Oração contínua: Nossa Senhora era silenciosa, estava sempre num espírito perfeito de oração. Tinha a vida mergulhada em Deus, tudo fazia em Sua presença. Mulher de oração e contemplação, sempre centrada em Deus. Buscava a solidão e o retiro pois é na solidão que Deus fala aos corações. “Eu a levarei à solidão e falarei a seu coração (Os 2, 14)” Em sua vida a oração era contínua e perseverante, meditando a Palavra de Deus em seu coração, louvando a Deus no Magnificat, pedindo em Caná, oferecendo as dores tremendas que sentiu na crucificação de Jesus, etc.
Imitando essa virtude: Buscar uma vida interior na presença de Deus, um “espírito” contínuo de oração. Não se limitar somente as orações ao levar, ao se deitar e nas refeições, estender a oração para a vida, no trabalho, nos caminhos, em fim, em todas as situações, buscando a vontade de Deus em sua vidas. “Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3,17). e “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a acção de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.”(Fil 6,6-7).
3. Obediência: Maria disse seu “sim” a Deus e ao projeto da salvação, livremente, por obediência a vontade suprema de Deus. Um “sim” amoroso, numa obediência perfeita, sem negar nada, sem reservas, sem impor condições. Durante toda a vida Nossa Mãezinha foi sempre fiel ao amor de Deus e em tudo o obedeceu. Ela também respeitava e obedecia as autoridades, pois sabia que toda a autoridade vem de Deus.
Imitando essa virtude: O Catecismo da Igreja Católica indica que a obediência é a livre submissão à palavra escutada, cuja verdade está garantida por Deus, que é a Verdade em si mesma. Esforcemo-nos para obedecer a requisitos ou a proibições. A subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a abstenção de algo que é proibido, nos faz crescer. Rezar pelos superiores. Obedecer sempre a Deus em primeiro lugar e depois aos superiores. Obedecer a Deus é obedecer seus Mandamentos, ser dócil a Sua vontade. Também é ouvir a palavra e a colocar em prática. “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Luc 1, 38).
4. Mãe do Supremo Amor: Nossa Mãe cheia de graça ama toda a humanidade com a totalidade do seu coração. Cheia de amor, puro e incondicional de mãe, nos ama com todo o seu coração imaculado, com toda energia de sua alma. Nada recusa, nada reclama, em tudo é a humilde serva do Pai. Viveu o amor a Deus, cumprindo perfeitamente o primeiro mandamento. Fez sempre a Vontade Divina e por amor a Deus aceitou também amar incondicionalmente os filhos que recebeu na cruz. Era cheia da virtude da caridade, amou sempre seu próximo, como quando visitou Isabel, sua prima, para a ajudar, ou nas bodas de Caná, preocupada porque não tinham mais vinho.
Imitando essa virtudeTodos os homens são chamados a crescer no amor até à perfeição e inteira doação de si mesmo, conforme o plano de Deus para sua vida. Devemos buscar o verdadeiro amor em Deus, o amor ágape, que nos une a todos como irmãos. Praticar o amor ao próximo, a bondade, benevolência e compaixão. O amor é doação, assim como Maria doou sua vida e como Jesus se doou no cruz para nos salvar, também devemos nos doar ao próximo, por essa razão o amor é a essência do cristianismo e a marca de todo católico. “Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor – estes três. Porém, o maior deles é o amor.” (I Cor. 13,13).
5. Mortificação: Maria, mulher forte que assume a dor e o sofrimento unida a Jesus e ao seu plano de salvação. Sabe sofrer por amor, sabe amar sofrendo e oferecendo dores e sacrifícios. Sabe unir-se ao plano redentor, oferecendo a Vítima e oferecendo-se com Ela. Maria empreendeu, e abraçou uma vida cheia de enormes sofrimentos, e os suportou, não só com paciência, mas com alegria sobrenatural. Nada de revolta, nada de queixas, nada de repreensões ou mau humor. Pelo contrário, dedicou-se à meditação para buscar entender o motivo que leva um Deus perfeito a permitir aqueles acontecimentos. Pela meditação, pela submissão, pela humildade, Ela encontrou a verdade.
Imitando essa virtude: Muitas vezes Deus nos envia provações que não compreendemos, portanto devemos seguir o exemplo de Nossa Senhora e meditar os motivos que levam um Deus perfeito a permitir essas provações, aceitá-las e saber oferecer todas as nossas dores a Jesus em expiação dos nossos pecados, pelos pecados de todos e pelas almas, unindo nossos sofrimentos aos sofrimentos de Jesus na Cruz. Não devemos oferecer somente os grandes sofrimentos, devemos oferecer também o jejum, fugir do excesso de conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecer alguns sacrifícios a Deus, seja no comer (renunciar de algum alimento que se tenha preferência ou simplesmente esperar alguns instantes para beber água quando se tem sede), nas diversões (televisão principalmente), nos desconfortos que a vida oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo paciência em tudo. É indispensável sorrir quando se está cansado, terminar uma tarefa no horário previsto, ter presente na cabeça problemas ou necessidades daquelas pessoas que nos são caras e não só os próprios. Oferecer os sofrimentos, desconfortos da vida, jejuns e sacrifícios a Deus pela salvação das almas. “Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta.” (Lamentações 1,12).6. Doçura: Nossa Senhora, é a Augusta Rainha dos Anjos, portanto senhora de uma doçura angelical inigualável. Ela é a cheia de graça, pura e imaculada. Ela pode clamar as Legiões Celestes, que estão às ordens, para perseguirem e combaterem os demônios por toda a parte, precipitando-os no abismo. A Mãe de Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela, não temos temor.
Imitando essa virtudeA doçura é uma coragem sem violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera. A doçura é antes de tudo uma paz, a manifestação da paz que vem do Senhor. É o contrário da guerra, da crueldade, da brutalidade, da agressividade, da violência… Mesmo havendo angústia e sofrimento, pode haver doçura. “Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência.” (Col. 3,12).
7. Fé viva: Feliz porque acreditou, aderiu com seu “sim” incondicional aos planos de Deus, sem ver, sem entender, sem perceber. Nossa Senhora gerou para o mundo a salvação porque acreditou nas palavras do anjo, sua fé salvou Adão e toda a sua descendéncia. Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: “E bem-aventurada tu, que creste, porque se cumprirão as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1,45). A inabalável fé de Nossa Senhora sofreu imensas provas: – A prova do invisível: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus; – A prova do incompreensível: Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno; – A prova das aparências contrárias: Viu-O finalmente maltratado e crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder. Senhora da fé, viveu intensamente sua adesão aos planos de Deus com humildade e obediência.
Imitando essa virtude: A fé é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma virtude, devemos pedir a Jesus como fizeram os apóstolos para aumentar a nossa fé. Porém ter fé não é o bastante, é preciso ser coerente e viver de acordo com o que se crê. “Porque assim como sem o espírito o corpo está morto, morta é a fé, sem as obras” Tg (2,26). Ter fé é acreditar que se recebe uma graça muito antes de a possuir e é, acima de tudo, ter uma confiança inabalável em Deus! “Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá.” (Luc 17,6).
8. Pureza Divina: Senhora da castidade, sempre virgem, mãe puríssima, sem apego algum as coisas do mundo, Deus era o primeiro em seu coração, sempre teve o corpo, a alma, os sentidos, o coração, centrados no Senhor. O esplendor da Virgindade da Mãe de Deus, fez dela a criatura mais radiosa que se possa imaginar. O dogma de fé na Virgindade Perpétua na alma e no corpo de Maria Santíssima, envolve a concepção Virginal de Jesus por obra do Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal. Para resgatar o mundo, Cristo tomou o corpo isento do pecado original, portanto imaculado, de Maria de Nazaré.
Imitando essa virtude: Esta preciosa virtude leva o homem até o céu, pela semelhança que ela dá com os anjos, e com o próprio Jesus Cristo. Nossa Senhora disse, na aparição de Fátima, que os pecados que mais mandam almas para o inferno, são os pecados contra a pureza. Não que estes sejam os mais graves, e sim os mais frequentes. Praticar a virtude da castidade, buscando a pureza nos pensamentos, palavras e acções! Os olhos são os espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro com malícia perde a pureza. Portanto, coloque seus olhos em contemplação, por exemplo na Adoração, e receba a luz que santifica. Quem luta pela castidade deve buscá-la por três meios: o jejum, a fugida das ocasiões de pecado e a oração. “Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e de verdade” (I Cor.5,8).


(via Veritatis)

domingo, 27 de março de 2016

O poder de uma Ave Maria

Novena de Nossa Senhora dos Aflitos

Oração inicial

Consoladora de todos os aflitos, Maria Santíssima, mãe amorosíssima, contemplai piedosamente as pobres almas aflitas!

Com vossa poderosa mediação, intercedei por elas junto ao trono da divina misericórdia!

Por elas, para que sejam libertadas de suas duras penas e dores atrozes, oferecei ao misericordioso Deus: a vida, a paixão, a morte e o preciosíssimo Sangue de Jesus; os sacrifícios, as comunhões, as orações, as esmolas e as boas obras de todos os vivos!

Fazei com que sejam justificadas junto à divina Justiça, e cada vez mais lembradas e sufragadas por todos os homens. Assim. seja.

Primeiro Dia

Senhora dos Aflitos, encheu-se o vosso coração de amargura ao vos ser negada hospedagem em Belém.

Acolhei em vosso cálido coração, os aflitos que padecem no desamparo!

Ave-Maria, Glória ao Pai.

"Socorro dos aflitos, rogai por nós".

Segundo Dia

Mãe dos Aflitos, acolhestes em vossos amorosos braços e salvastes Jesus Menino do criminoso rei Herodes.

Salvai em vosso regaço maternal os aflitos que padecem perseguição!

Ave-Maria, Glória ao Pai.

"Socorro dos aflitos, rogai por nós".

Terceiro Dia

Protetora dos Aflitos, o vosso amoroso coração foi transpassado por uma espada de dor pela profecia de Simeão.

Imprimí fé profunda nos aflitos, feridos pelas atrocidades da vida!

Ave-Maria, Pai Nosso.

"Socorro dos aflitos, rogai por nós".

Quarto Dia

Amparo dos Aflitos, vosso amável coração não descansou sem encontrar Jesus Menino, perdido no templo.

Socorrei os pobres aflitos, perdidos nas trevas do mal!

Ave-Maria, Glória ao Pai.

"Socorro dos aflitos, rogai por nós".

Quinto Dia

Alegria dos Aflitos, contristou-se vosso maternal coração na despedida de Jesus, partindo para a vida pública.

Assisti com vosso amor materno, os infelizes Aflitos que sofrem a dor da separação!

Ave-Maria, Glória ao Pai.

"Socorro dos aflitos, rogai por nós".

Sexto Dia

Alívio dos Aflitos, a prisão de Jesus, abalou em angustias o vosso terno coração de Mãe.

Salvai dos grilhões do mal, as pobres almas aflitas!

Ave-Maria, Glória ao Pai.

"Socorro dos aflitos, rogai por nós".

Sétimo Dia

Socorro dos Aflitos, no encontro com Jesus carregando a cruz, vosso olhar maternal deu-Lhe forças e coragem.

Sustentai os infelizes aflitos, resgatados pela cruz da dor nos tormentos da vida!

Ave-Maria, Glória ao Pai.

"Socorro dos aflitos, rogai por nós".

Oitavo Dia

Refúgio dos Aflitos, nos extremos da dor, sob a cruz de vosso Filho, Êle vos entregou como filhos, todos os homens.

Aliviai maternalmente vossos filhos que padecem aflições!

Ave-Maria, Glória ao Pai.

"Socorro dos aflitos, rogai por nós".

Nono Dia


Senhora dos Aflitos, entre lágrimas acompanhastes Jesus Morto até sua sepultura.

Depositai, Mãe e Senhora, nos corações aflitos, Aquêle que é a única e perene alegria dos homens!

Ave-Maria, Glória ao Pai.

"Socorro dos aflitos, rogai por nós".

http://www.oracoes.info/NovenasVirgemMaria025.html

sexta-feira, 25 de março de 2016

Sempre de novo esse lado aberto

O lado aberto à semelhança de Adão deixa sair não a mulher que, por seu erro, gerou a morte, mas a fonte da vida que com a dupla torrente vivifica o mundo. Uma, no batistério, nos renova e cobre com a veste imortal; outra, à mesa divina, alimenta os renascidos como leite aos pequeninos (Teodoreto de Ciro, sec.V).
1. Nunca nos cansamos em refletir sobre a beleza do Deus humanado. A encarnação do Verbo é a gramática da bondade do Senhor. Abeiramo-nos do insondável mistério desse Altíssimo que não consegue reter para si o fogo de seu amor e quer que todos sejamos nele inflamados. Todos aqueles que fomos tocados pela encarnação do Verbo comprazemo-nos em contemplar os passos de Cristo Jesus. Continuamos a citar Teodoreto de Ciro discorrendo a respeito dos últimos momentos da vida de Jesus: “Chora sobre Jerusalém que pela incredulidade atraía para si a ruína e prediz a suprema destruição do templo outrora famoso. Com toda paciência suporta ser batido na cabeça por um homem duplamente escravo. Esbofeteado, cuspido, injuriado, atormentado, flagelado e, por fim, crucificado e dado como companheiro de suplícios a dois ladrões, contado entre os homicidas e celerados. Bebe o vinagre e o fel produzidos pela má videira, coroado de espinhos em lugar de louros e cachos de uva. Escarnecido com a púrpura, batido com a cana, ferido o lado pela lança e enfim levado ao sepulcro” (Teodoreto de Ciro, Liturgia das Horas IV, p. 77).
2. Teodoreto fala do lado aberto como fonte de vida. Estamos familiarizados com esta imagem do peito aberto do Coração do Redentor. Gostamos de permanecer em espírito de contemplação diante da cena final de sua vida, mormente quando João nos fala que um soldado, depois que Jesus estava morto, abriu-lhe o lado e vimos correr sangue e água. Gostamos de recordar, de acordo com o ensinamento dos Padres da Igreja, que o peito aberto de Jesus é fonte de todas as graças. Mais ainda, gostamos de tomar consciência de que o sacramento da Igreja nasce dessa fonte.
3. Realidade estupenda e maravilhosa! Foi do Coração do Esposo traspassado que nasceu a Igreja que atravessa impávida os tempos. Não apenas a Igreja com seu aspecto que está sempre se reformando. Mas essa Igreja eterna dos hinos de Gertrud von Le Fort e que continua no tempo, esse prolongamento da Encarnação que é a Igreja na qual vivemos e na qual queremos permanecer firmes para sempre. Ora, essa Igreja santa que vive no meio de nós tem seu esplendor porque que sua força lhe advém dos rios de água e de sangue que brotaram do lado aberto do Redentor crucificado e glorificado no alto do madeiro.
4. Verdade, a Escritura diz que Deus deu um sono a Adão e de sua costela, de seu lado, tirou a mulher, Eva. Os dois não foram fiéis: nem Adão, nem aquela que veio de seu lado. Do lado aberto do novo esposo, de Jesus sai uma dupla torrente. Logo após sua morte houve a abertura do seu lado. A fonte do lado aberto faz brotar dois sinais da presença do Cristo no meio do mundo: o batistério e a mesa divina.
5. Normalmente, na Igreja dos começos, eram os adultos que pediam para nascer de novo. Entrando em contacto com a maravilhosa figura de Cristo ressuscitado e vivendo no seio da comunidade, homens e mulheres iam aos poucos decidindo orientar sua existência mais profunda a partir e na direção desse deslumbrante Cristo Jesus. Despiam-se do homem velho, jogavam fora as roupas antigas. Teodoreto de Ciro diz que, no batistério, um dos rios do peito aberto nos renova e nos cobre com a veste da imortalidade. Tudo isso se operou na maioria dos católicos na primeiríssima das infâncias, sem que pudéssemos disto ter consciência. Em nossos dias a Igreja fala muito de uma pastoral que venha a ter a função de “iniciação” cristã. Em outras palavras é preciso uma tomada de consciência de que estávamos nus, sem amanhã, sem casa, sem destino. O Senhor nos mergulhou nas águas do batismo e nos renovou. A força da água que dá vida, mas sobretudo o vigor desse rio que veio o lado aberto. Prostrados à beira do caminho no batismo fomos ungidos com os óleos que curam, recebemos uma pitada de sal para termos gosto pelas coisas do alto, foi nos dada uma vela acesa para simbolizar a iluminação. Que maravilha essa renovação que nos reveste de imortalidade. Na primitiva Igreja os neófitos, “os brotos novos” se vestiam de branco durante oito dias. Uma purificação que tem sua fonte no lado aberto.
6. Teodoreto de Ciro fala também da mesa divina. Trata-se, com toda evidência, da Eucaristia, essas mesas das toalhas brancas que conhecemos desde a nossa mais tenra infância. Teodoreto fala de uma fonte que, à mesa divina, alimenta os renascidos. Que tesouro esplendoroso esse da Eucaristia. De manhã cedinho um grupo de religiosos ou de religiosas, quando o dia ainda não chegou, se reúnem para fazer a memória do Senhor e ganhar força para viverem o esplendor de sua consagração a Deus. Numa capela de um seminário o bispo, no final da reunião de pastoral, concelebra com seu clero, os pastores das comunidades da Igreja local. Num dia de domingo chegam idosos e jovens, crianças e adolescentes com sua vida, sua história, seu desejo de não definharem em sua caminhada espirutal. O canto solene, as procissões rituais, a claridade no templo, a proximidade dos irmãos, o abraço da paz… tudo isso faz o encanto da vida daqueles que renasceram das águas da primeira fonte. Agora, juntos, na força alimentadora do amor fraterno, se aproximam da mesa divina onde os renascidos se alimentam como um leite que é dado para continuação da caminhada dos que são novos.
7. Somos gratíssimos a esse Jesus e ao seu lado aberto: “Escarnecido com a púrpura, batido com a cana, ferido o lado pela lança e enfim levado ao sepulcro”.

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O LADO ABERTO DE JESUS





            
A cena dramática da Paixão de Jesus alcança seu ápice quando um soldado, com uma lança, perfura o peito do Mestre, de onde jorra água e sangue. É possível ter-se tratado de um fenômeno físico, levando-se em consideração as condições em que ele se encontrava. Entretanto, a fé cristã sempre o considerou como um  fato repleto de simbolismo.
            Sangue e água representam dois sacramentos importantes para a Igreja: o Batismo e a Eucaristia. Como no batismo, a água que jorrou do Crucificado nos purifica de todas máculas contraídas pelo pecado, reconciliando-nos definitivamente, com o Pai. É a água que realmente sacia a nossa sede, pois, em Jesus, está a fonte da vida.
            O sangue identifica Jesus como o Cordeiro imolado para a celebração da Páscoa definitiva. Na Eucaristia, ele é o alimento da comunidade em marcha pelas estradas do mundo, como o antigo Israel, na caminhada pelo deserto. Quem dele se alimenta, não desfalece no caminho para o Pai e, de antemão, tem garantido o alimento divino.
            O discípulo de Jesus jamais sentirá fome ou sede, se for capaz de depositar toda a sua fé no Messias crucificado. Foi dele que jorrou o sangue e a água que nos salvam. A tragicidade da cruz revela, assim, sua verdadeira dimensão. Do lado aberto do Messias, nasceu a Igreja, comunidade dos redimidos.
 
http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php

sexta-feira, 18 de março de 2016

Decálogo do leigo católico





O caminho seguro para viver o seguimento de Jesus na prática diária

1. Um leigo católico busca a experiência pessoal de Jesus, alimenta sua vida de fé nos sacramentos, na Palavra e na oração pessoal e comunitária.
2. Um leigo católico ama apaixonadamente a Igreja e, atento aos sinais dos tempos, se compromete na melhoria da sociedade.
3. Um leigo católico é consciente de sua identidade, vive seu compromisso cristão com espírito missionário, sendo sal e luz em sua família, bairro, centro de trabalho ou estudo.
4. Um leigo católico se preocupa pela sua formação permanente, conhece a doutrina social da Igreja, sabe dar razão da sua fé e colaborar na transformação do seu ambiente.
5. Um leigo católico é misericordioso, próximo do mundo da dor e dos necessitados, disposto a ajudar, servir, dialogar, buscar a reconciliação e perdoar.
6. Um leigo católico vive e contagia alegria e esperança a partir da sua vocação evangelizadora, e descobre o Ressuscitado no próximo.
7. Um leigo católico é sensível à realidade social, política, econômica e eclesial, com espírito profético, que anuncia o Evangelho com sua palavra e sua vida, e denuncia tudo o que se opõe ao Reino de Deus.
8. Um leigo católico se sente membro da comunidade eclesial, disposto a assumir os serviços e ministérios que lhe forem solicitados; sabe trabalhar em equipe e é um facilitador de generosidade e comunhão.
9. Um leigo católico se compromete com o cuidado da vida humana e do meio ambiente.
10. Um leigo católico contribui para a transformação da sociedade por meio do seu testemunho de vida.

domingo, 13 de março de 2016

Quem são as mulheres mais virtuosas da Bíblia?

De Sara a Maria, exemplos emblemáticos de mulheres que honram a família
Icon Mary and child

Mulheres virtuosas e exemplares, dedicadas à família e ao próximo: as Sagradas Escrituras nos mostram vários testemunhos dessas mulheres tão humanas e corajosas.
No seu livro “Donne di Dio” [“Mulheres de Deus”], as escritoras italianas Antonella Anghinoni e Elide Sivieri comentam: “Na Bíblia, as mulheres jovens, solteiras ou virgens são geralmente descritas como particularmente vulneráveis. A Lei de Moisés as protege da violência, mas não de ser vendidas como escravas”.
O exemplo de Sara
Um exemplo de boa esposa, de acordo com as autoras do livro, é o de Sara, mulher de Abraão, que segue o marido, lhe obedece e o honra (1 Pd 3,6), lhe dá filhos e se mostra boa amiga (e mesmo boa irmã).
Maria
Maria, a mãe de Jesus, acrescenta a esta imagem as características de uma boa mulher, mãe dedicada e companheira de jornada do marido, tanto literal quanto figuradamente.
A mulher ideal
O retrato mais explícito que a Bíblia nos traça da mulher ideal é o elogio contido no livro dos Provérbios (Prv 31,10-31). Ali encontramos a mulher honrada pelo marido e pelos filhos devido à sua virtude: ela dá apoio ao marido, administra os assuntos domésticos, é uma trabalhadora incansável, é ativa nas questões econômicas, cuida das necessidades físicas da família, é solícita no ajudar a comunidade carente, é sábia nos seus ensinamentos e é temente ao Senhor.
As más esposas
Estas imagens bíblicas da boa esposa recebem mais ênfase, por contraste, diante das referências passageiras à esposa má, como Rebeca, a mulher de Isaac, que engana o marido, conspira contra ele e o defrauda, agindo contra a sua vontade. São apresentadas manobras subversivas típicas da pessoa frustrada e de espírito rebelde. O pior tipo de mulher é Jezabel, a esposa do rei Acabe, mulher sem escrúpulos que leva o país e o marido ao culto de deuses estrangeiros; ela é apresentada, aliás, como merecedora da sua morte violenta.
Pura e fecunda
Uma vez que a mulher é aquela que educa a prole, e na prole consiste, para os judeus, grande parte da promessa de imortalidade, a mulher é amada acima de tudo pela sua pureza e fertilidade. A maior maldição que ela pode conhecer é a de um ventre estéril. Seus filhos deveriam ser-lhe arrimo na velhice; sem descendência, ela se expõe a uma velhice infeliz (Noemi, a viúva que tinha perdido os filhos, se considerava por isso “amargurada”).
As mais virtuosas
Dado que as mulheres nos tempos bíblicos eram subordinadas aos homens no campo do poder e na dependência econômica, os retratos mais fortes das mulheres são os que mostram uma coragem incomum para ir além dos papéis convencionais. Os modelos de coragem incluem Joquebede (mãe de Moisés), a profetisa Débora, Jael (a mulher do sogro de Moisés), Ruth (progenitora de Davi), Ester, Abigail (esposa de Davi) e Maria , a mãe de Jesus.
Vítimas do agir dos homens
As estruturas sociais produziram o arquétipo da mulher infeliz, vítima do machismo. Considere-se o uso de Sara como escudo para proteger a vida de Abraão como andarilho em reinos estrangeiros; a concubina do levita estuprada até a morte (Juízes 19,22 a 30); a provação sofrida por Ana como esposa estéril (1 Samuel 1); a filha de Jefté forçada ao sacrifício por causa do voto de seu pai (Juízes 11).
Bela porque boa
Quando se consideram as imagens bíblicas da mulher e do homem, é constante a necessidade de recordar que as condições supremas de valor espiritual são as mesmas, independentemente do sexo de cada um. A mulher virtuosa, qualquer que seja a sua beleza e o seu papel feminino, é virtuosa principalmente porque é boa.
Os escritores humanos da Bíblia alertam assim contra o uso da beleza exterior como critério para determinar o valor feminino (Prv 31,30; 1 Pd 3,3) e louvam como verdadeiro modelo “a mulher temente ao Senhor” e a “de alma incorruptível, cheia de doçura e de paz: eis o que é precioso perante Deus”.

http://pt.aleteia.org/2016/03/09/quem-sao-as-mulheres-mais-virtuosas-da-biblia/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-Mar%2010,%202016%2007:01%20am

sábado, 12 de março de 2016

Exercite a presença de Deus

Exercite a presença de Deus, dizendo:
"Deus está comigo, agora.
Deus é meu companheiro constante.
Deus jamais me deixará".
A prática da presença de Deus,
Da companhia de Cristo é escudo certo contra a aflição.
Você se afligiria, se ele estivesse realmente
Em sua companhia? Não há "se" nesse caso.
Ele disse que estaria, e, portanto, Ele está. 
(Norman Vincent Peale)

Integridade é bom

O que é pessoa íntegra?É uma pessoa correta, que não desvia do caminho,Uma pessoa justa, honesta.É uma pessoa que não tem duas caras.Qual a grande virtude que uma pessoa íntegra tem?Ela é sincera. De onde vem a palavra sinceridade?Ela tem várias acepções, mas a maisRecente tem a ver com marcenaria.No século XIX era muito comum que,Na marcenaria, aqueles móveis chamados coloniais,Quando o marceneiro errava com o formão,Pegava cera de abelha, que fica escura,E passava naquele lugar para disfarçar o erro.“Sine cera” significa "sem cera",e uma pessoa sincera é aquelaQue não disfarça o erro, ela assume.Gente sem sinceridade, em vez de fazerDe novo e corrigir, finge que está certoPassando "cera de abelha". 


(Mário Sergio Cortella)

sábado, 5 de março de 2016

Juntando os cacos


É juntando "os cacos" que reconstruímos com mais experiência. 
Aprende com o erro quem analisa o que não deu certo 
E toma providências para assegurar que o erro não se repita. 
Quem esconde o erro "debaixo do tapete" sempre estará 
Improvisando e dificilmente crescerá. 
Para aprender com o erro é preciso ter humildade para reconhecê-lo, 
Ter coragem para descobrir suas causas e inteligência para corrigir 
E criar mecanismos de prevenção. 
Quem sai à procura de "culpados" com o único objetivo 
De punir estará perdendo uma ótima oportunidade de aprendizado. 
Como disse Jesus: "Quem nunca errou que atire a primeira pedra". 



(José Irineu Nenevê)

Psicossomatização de doenças

A pscicossomática procura compreender
Os processos do adoecer provenientes da relação corpo/mente.
O adoecer não é um simples acaso,
Mas a reação de um organismo a acontecimentos
Que abalam sua estrutura emocional.
A psicossomatização de doenças
Acontece quando um distúrbio físico
Se manifesta em virtude de uma dificuldade psicológica.
Um aborrecimento com um ente querido
Pode gerar dor de cabeça:
É este um exemplo de psicossomatização.
A mente, geradora de pensamentos
E sentimentos produtores de angústia,
Seria responsável pela gênese
De doenças de várias partes do corpo.
Aprender a controlá-la, mantendo a calma,
Fazendo uma caminhada, ouvindo música suave,
Pode evitar que a psicossomatização ocorra.
(Dra. Ely Barreto)

O namora começa na amizade







-Por Padre José Eduardo-

Essa história de “FICAR” é meio perigosa.

Na brincadeira do “se colar, colou”, às vezes, cola de um lado, e não de outro; daí, dor e sofrimento.

Os sentimentos se vão tornando cada vez mais ambíguos, até o ponto que se cai num ceticismo do amor.

A banalização de carícias entre pessoas quase desconhecidas vai erodindo a intimidade própria, a tal ponto que a pessoa se vai tornando cada vez menos ela mesma.

Por fim, com uma coleção imensa de “ficantes”, fica-se no fim do túnel entregue à solidão.

NAMORO responsável nasce da amizade, da sinfonia de mentes e corações que se sintonizam no espírito, desembocando num amor companheiro, que se vai solidificando até se consumar na conjugação de um no outro, no puro e santo amor conjugal.

NÃO BRINQUE com o seu coração. Preserve-se afetivamente. Você vale muito para Deus, e precisa encontrar alguém que, de fato, lhe mereça.

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