sábado, 27 de agosto de 2016

A força de um terço à sombra da forca


A conversão impulsionada pelo testemunho de um mártir fiel a Nossa Senhora
terco das 7 dores

No dia 10 de março de 1615, em Glasgow, na Escócia, o ilustre missionário jesuíta São João Ogilvie subia ao cadafalso. Ele ia expiar, com o suplício da forca, o “crime” de ter pregado o Evangelho; o “crime” de ser sacerdote católico.
Nessa hora suprema, de pé, em cima do estrado donde dominava vários milhares de espectadores, querendo deixar-lhes uma lembrança e, simultaneamente, um penhor daquela Fé pela qual se sentia feliz em morrer, pegou um único objeto que lhe restava, um terço, e arremessou-o com força para o meio da multidão.
Ora, aconteceu que o terço foi bater em cheio no peito de um rapaz húngaro, calvinista, João de Heckersdorff, que fazia viagens de estudo e recreio e nesse dia se encontrava casualmente em Glasgow.
Ele ficou profundamente emocionado. A lembrança daquele terço perseguiu-o em toda parte, até o dia em que abjurou a heresia em Roma, aos pés do Santo Padre. Disse inúmeras vezes, até morrer, que atribuía ao terço a sua conversão.
Quem pode imaginar o poder que exerce na alma de um pecador um símbolo tão singelo de fé, usado por quem dá testemunho de coerência até a morte?
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Da revista “O Desbravador”, do Grêmio Cultural Santa Maria, núm. 82, outubro de 1986; via blog Almas Castelos

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